Os heróis do Comercial de Campo Maior travaram uma batalha no estádio Albertão com algumas semelhanças à do Jenipapo, que garantiu na cidade piauiense a independência do Brasil no século XVIII. Os jogadores foram para o confronto da Copa do Brasil em nível inferior. O adversário era o Palmeiras, comparável às tropas portuguesas, bem mais preparado técnica e fisicamente. Os piauienses, de novo, se valeram da raça. Sem sangue, mas muito suor de quem teve menos condições para se preparar.
O mal dos portugueses, digo, dos palmeirenses, foi começar a vencer a batalha e acreditar que a guerra estava ganha. Depois de fazer 2 a 0 no início do segundo tempo, o time alviverde relaxou. Os campomaiorenses não recuaram. O Comercial fez um gol e frustrou as pretensões do Palmeiras, que queria manter o Brasil colônia, ou melhor, eliminar a partida de volta e descansar. Irritado com o 2 a 1, o técnico Felipão deixou o estádio como o comandante Fidié, vitorioso em campo, mas derrotado em sua meta. Do outro lado, os jogadores piauienses repetiram a história de Campo Maior, feita por ilustres desconhecidos do futebol nacional.
O pobre Comercial, que contou com ajuda do próprio Palmeiras para ter patrocinador, deixa Teresina com a renda de R$ 250.190 (ainda a serem descontadas despesas da partida), valor gerado por 13.482 dos torcedores que pagaram ingresso.
O jogo de volta da Copa do Brasil acontecerá no dia 2 de março em São Paulo. Antes, no domingo, o Palmeiras enfrenta o São Paulo pelo Campeonato Paulista. O Comercial poderá disputar algum amistoso, já que o Campeonato Piauiense só começa em abril.
FONTE: CIDADEVERDE.COM
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