sábado, 7 de maio de 2011

Denilson Azevedo é o primeiro técnico a cair


BARRAS (PI) – Alegando falta de condições de trabalho e falta de jogadores o técnico Denílson Azevêdo pediu demissão do Barras Futebol Club. O treinador chegou à “Jaula do Leão do Marataoan” no final de Janeiro deste ano com promessa da diretoria de formar um grande time para a Copa do Brasil e o Campeonato Piauiense. Na Copa do Brasil o Bafo não passou da primeira fase: empatou em casa com o ABC/RN em 1×1 e perdeu em Natal por 2×1, trazendo o atacante Túlio Maravilha por a quantia de R$ 35 mil para atuar nos dois jogos da Copa do Brasil. Além de Denílson Azevêdo completavam a comissão técnica do Barras o auxiliar Paulo Sérgio (ex-goleiro do Fluminense/RJ e Botafogo/RJ) e o preparador físico e fisiologista Bruno Campos (ex-Flamengo/RJ). Túlio Marvilha marca 6 gols em treino e presença do Barras em Teresina causa “frisson”

No início de Abril, mesmo trabalhando com apenas 13 jogadores (só dois no banco de reservas) Denílson Azevêdo conseguiu levar o Barras ao título do Torneio Início do Campeonato Piauiense 2011.

Fundado em 15-11-2004 o Barras só ficou fora da final de um Campeonato Piauiense em 2009, assim mesmo devido a um erro do árbitro João José Leitão e seu auxiliar Tiago, que na semifinal da competição, em jogo realizado na cidade de Piracuruca/PI, validaram um gol do Flamengo do Piauí quando a bola entrou por um baraco na lateral esquerda da rede. Em 2007 o clube ficou conhecido nacionalmente ao chegar ao octogonal final da Série C do Campeonato Brasileiro, conquistando torcedores por todo o Piauí e além fronteiras do Estado, numa competição que começou com 68 times ficando o Barras na 7ª colocação ao final do campeonato.

Em 2008 foi Campeão Piauiense pela primeira vez, após ser vice em 2006 e 2007, fato repetido em 2010.

Ainda em 2010 (15-12-2010) a Câmara Municipal de Barras aprovou por unanimidade o repasse da Prefeitura Municipal de Barras (principal patrocinadora do clube), de R$ 1 milhão para ser investido no esporte em 2011, valor muito criticado pelos filhos da cidade de Barras, 45 mil habitantes, localizada a 120 quilômetros ao norte de Teresina, por acharem uma quantia exorbitante, enquanto a mesma seção da Câmara Municipal aprovou o repasse de apenas R$ 77 mil para ser investido em todo o ano na saúde pública.

Na verdade, quase nada tem sido feito na cidade de Barras pelo esporte amador. E muito pouco pelo futebol profissional para que tão exorbitante quantia de R$ 1 milhão fosse aprovada pela Câmara Muncipal para ser gasta em 2011.

O presidente do Barras, Paulo Afonso Silva, disse semana passada a imprensa que o prefeito Francisco Marques (presidente de honra do Barras), repassa mensalmente R$ 45 mil para as despesas do clube. O Barras Futebol Club mantém no seu plantel apenas 15 jogadores com salários que variam de R$ 500,00 a R$ 2.000,00. Um pobreza “franciscana” tomou conta do time: apenas um jogo de camisas e calções (tem um outro herdado do Campeonato Piauiense de 2010 e sendo usado em 2011 mesmo com o patrocinador antigo); coletes para treino na maioria estragados já que são usados desde o mês de Janeiro. Os jogadores ajudam ainda o time a pagar suas próprias hospedagens em um hotel da cidade: cada atleta tirando do seu salário a quantia de R$ 150,00. Não entende-se portanto como um clube com uma história embora tenra, mas tão gloriosa, possa viver um momento financeiro tão constrangedor. Outro fato constrangedor para a comissão técnica e jogadores é o ônibus que os conduz aos jogos, um veículo velho e que por vezes os atletas tiveram que empurrar após constantes “pregos”, sendo que a diretoria diz nada poder fazer já que é o prefeito que aluga o ônibus e cede para o time. Até mesmo local para treino está sendo difícil, pois o campo do Estádio Juca Fortes virou um lamaçal com tanta chuva que tem caido na cidade de Barras e a drenágem que custou ano passado R$ 150 mil não tem funcionado a contento! Para muitos, o presidente Paulo Afonso Silva e o diretor de futebol Robert Brown Carcará já não têm mais o que falar para a imprensa e torcedores, pois contar a verdade afasta o único patrocinador: a Prefeitura Municipal de Barras.

Assim sendo, o treinador Denilson Azevêdo (nas fotos concedendo entrevistas) tomou o mesmo caminho da torcida: abandonou a famosa “Jaula do Leão do Marataoan“…

FONTE:TRIBUNADEBARRAS.COM

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